Se for comprovado um novo estudo, a ser publicado no próximo número da revista americana Obesity Research , a pergunta - por mais inacreditável que seja - vai se tornar um fato científico. Pelo menos em relação à frutose. A pesquisa da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, sugere que esse adoçante pode alterar o metabolismo humano aumentando a sua tendência a armazenar gordura. "A frutose é um adoçante encontrado naturalmente nas frutas, mas é largamente utilizado como adoçante em bebidas, sucos e cereal matinal", diz Fernanda D´Elia. Algumas bebidas diet (refrigerantes e sucos) contêm cerca de 55% de frutose.
Sempre que o corpo detecta os adoçantes em geral, ele se prepara para digerir carboidratos (por causa do sabor doce), mas 'falha'. "A resposta do organismo a isso é aumentar a absorção da glicose (açúcar) dos carboidratos ingeridos durante o dia: isso faz liberar mais insulina no sangue, o hormônio que 'aproveita' a glicose. E muita insulina aumenta a fome e faz parte do processo de fabricar depósitos de gordura no corpo", explica Valéria Goulart. Já o aspartame teve sua eficiência confirmada em programas de perda de peso. Quem consome alimentos e bebidas com esse adoçante emagrece mais, pois ele ajudaria a diminuir o apetite e, assim, a controlar a dieta.
Nas pontas dos dedos
- O primeiro adoçante artificial descoberto foi a sacarina, por um químico descuidado que deixou de lavar as mãos após uma sessão de trabalho no laboratório, em 1879. Ela foi produzida comercialmente a partir de 1900 na forma de sais de cálcio ou sódio. Proibida em 1912, voltou a ser liberada devido à falta de açúcar durante a Segunda Guerra Mundial. ? - O ciclamato foi o segundo. Surgiu em 1937 e lançado comercialmente em 1950. Um pesquisador, em busca de um novo remédio para baixar a febre, limpou os lábios com os dedos e sentiu neles um gosto doce. Era o ciclamato. ? O aspartame também se deve ao acaso. Em 1965, um químico do laboratório americano Searle, em busca de um novo remédio contra a úlcera, acabou encontrando-o.
Nenhum comentário:
Postar um comentário